Nada se compara ao que sentimos no camarim e ao entrar na
coxia, nervosismo, ansiedade e alegria toma conta de nós. Um misto de sensações
e sentimentos, temos que esquecer que temos braços, e acreditar que ao invés
deles, possuímos asas gigantes, temos que fazer com que todos os palcos sejam
pequenos para nós. E fazer com que o olhar de todas as pessoas na platéia
brilhem, mesmo que só tenha uma pessoa assistindo, e mesmo que essa pessoa não
saiba o que significa "en dehor", ela saberá o que é magia, e nós
somos responsáveis por mostrar o que é belo, e eles por produzirem a melhor música
para os ouvidos de um bailarino: os aplausos.
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