domingo, 16 de novembro de 2014
sábado, 15 de novembro de 2014
Ao passear pelas ruas em meio a multidões, ao olhar para os cabelos você percebe logo quem é bailarina. Bailarina não pode se dar ao luxo de ter cabelos ao vento ou ousar nos penteados, os grampos entre os fios não possibilita que isso ocorra.
Os coques não te deixam perceber se o cabelo é liso, ondulado ou crespo; ressecado ou bem cuidado; com as pontas claras ou escuras por inteiro; ficam todas iguais. Na verdade acredito que um dos intuitos das bailarinas usarem coque deve ser esse, o de fazer com que todas se tornem iguais ou pelo menos parecidas. Além — é claro — de evitar que as bailarinas dancem com os cabelos no rosto (até porque não seria nada agradável fazer “fouettés” com os cabelos batendo no rosto e cobrindo os olhos), o coque faz com que você se atrase para as aulas. Acredito também que seja um método que força você a criar disciplina, pois se você não se programasse antes de ir para aula, reservasse uns dez minutos para fazer o coque, você chegaria atrasada.Há quem o faça no ônibus, carro ou até caminhando; desviando dos postes e dos olhares intrigados das pessoas dali. É aí que a bailarina vê que cresceu. Porque antes a mãe sempre fizera o coque bem puxado e cuidadoso enquanto você brincava. E ao crescer, você percebe que ele não “brota” na sua cabeça do nada, que é preciso estudar arquitetura para aprender a fazer um coque que não se desfaça e que não deixe os fios soltos.
É incrível como o coque diz sobre as pessoas; se uma bailarina está fazendo aula com um coque descuidado, com os fios arrepiados, com certeza ao sair da sala você percebe que ela não é vaidosa, nem se preocupa com os mínimos detalhes; se você vir uma garota com o coque feito com um nó dado no cabelo, provavelmente ela não seja delicada. Mas acho que vai ainda mais além: se a pessoa não se preocupa com o seu coque, ela não está preocupada com a aula e muito menos com a sua arte; se ela trata o coque de qualquer jeito, ela é indiferente em relação ao ballet clássico. O coque não é um mero penteado. É com ele que você se sente bailarina, é com ele que as pessoas te identificam como tal; é fazendo-o que você começa a se preparar para a sua arte.
Não reclame por o seu cabelo estar ressecado por conta do coque: se ele não estivesse ressecado sua alma estaria vazia, pois não estaria alimentada pela arte. E eu vejo tantas pessoas enfeitando o coque, não necessariamente enchendo-o de arabescos, mas tornando-o algo que as faça sentirem bonitas, que não as faça esquecer-se de sua vaidade.
Se você dançasse com os cabelos soltos, seria igual às outras modalidades de dança; mas você escolheu o ballet clássico, e ele é diferente de tudo. É ele que te traz emoções diferentes de todas já sentidas, e te torna diferente de todos.
— Lucas Splint
sábado, 8 de novembro de 2014
Triste não é fazer uma aula ruim, não fazer um ensaio bom, errar na apresentação. Triste é estender a malha ou o collant no varal para secar todas as gotas de suor de anos de dedicação, guardar a sapatilha junto com os sapatos que ficaram fora de moda e você não usa mais, e ir esquecendo aos poucos o som do piano...
Falam que sonhar é de graça, mas na verdade custa caro, ainda mais no país em que vivemos onde dança é vista como hobby, e tudo que envolve a mesma, sapatilhas, collant e afins são de custo alto. E muitos que não conseguem pagar acabam pagando mais caro ainda por não continuarem fazendo o que amam.E como todos os pássaros quebram as asas param de voar, bailarino quando quebra os pés ou ocorre algum acidente similar, também param de voar.
Mas alma de bailarino é grande demais para ficar presa em um corpo, corpo de bailarino é inquieto demais para ficar em cima de uma cama. O problema é que a dor do machucado nunca vai ser maior que a dor de não ouvir mais os aplausos, a música preferida de todos os artistas, pois é cantada por diversas mãos, e nestas há uma veia ligada ao coração, transmitido toda emoção sentida.
É há muito talento parado pelas esquinas, em clínicas, escritórios. Que para mim, bailarino, só deveria parar para fazer balancé.
E o relógio não conta apenas até oito como todos estão acostumado, ele é até rápido demais, às vezes não dando espaço para arrependimento.
Nunca deixem que seus olhos, os quais foram feitos para refletir os holofotes e o brilho dos tutus, apagarem. Só quando os holofotes do palco apagarem e as cortinas fecharem, mas não quando você fechar a sua cortina e acabar com o seu espetáculo chamado vida, porque ele não tem mais de uma temporada.
— Lucas Splint
sábado, 25 de outubro de 2014
sábado, 18 de outubro de 2014
segunda-feira, 13 de outubro de 2014
domingo, 12 de outubro de 2014
sábado, 11 de outubro de 2014
domingo, 31 de agosto de 2014
sábado, 30 de agosto de 2014
domingo, 17 de agosto de 2014
domingo, 10 de agosto de 2014
domingo, 27 de julho de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
sexta-feira, 11 de julho de 2014
quarta-feira, 9 de julho de 2014
quinta-feira, 3 de julho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
terça-feira, 24 de junho de 2014
A vida é
bela.
A vida contem
belezas tristes,
é cheia de
angústias excitantes e
plena de chatices
gostosas.
Amo a tensão do
dia a dia,
Amo o inesperado
do porvir,
Amo o arrepio do
medo,
Amo a surpresa da
alegria,
Amo a angústia da
espera,
Amo a fadiga do
labor,
Amo a perda da
saudade,
Amo a pontada da
tristeza,
Amo a gratuidade
do triunfo,
Amo a efemeridade
do prazer,
Amo a ansiedade da
insônia,
Amo a solidão do
silêncio,
Amo a vida, amo
viver.
Soli Deo
Gloria.
RICARDO GONDIM ♥ :)
segunda-feira, 23 de junho de 2014
Vivemos das
nossas escolhas. Nossas decisões brotam dos apetites. Todo sim ou todo não vem
do que fascina ou do que ojeriza. Afeto e antipatia criam laço ou desprezo.
Paixões engatilham processos que atraem ou afastam. As alternativas que
complicam o momento da escolha se reduzem quando amamos. Se a vida parece um
mostruário, o amor facilita o instante de apontar e dizer: eu quero esse. As
opções para quem quer bem serão sempre diminutas...
RICARDO GONDIM ♥ :)
sábado, 14 de junho de 2014
domingo, 25 de maio de 2014
sábado, 3 de maio de 2014
segunda-feira, 7 de abril de 2014
sexta-feira, 4 de abril de 2014
Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo,
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou um consolo,
Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim.
De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás. ♪♫
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Quem
sabe eu ainda sou uma garotinha
Esperando o ônibus da escola sozinha
Cansada com minhas meias três-quartos
Rezando baixo pelos cantos
Por ser uma menina má
Quem sabe o príncipe virou um chato
Que vive dando no meu saco
Quem sabe a vida é não sonhar
Eu só peço a Deus
Um pouco de malandragem
Pois sou criança e não conheço a verdade
Eu sou poeta e não aprendi a amar ♪♫
sábado, 15 de março de 2014
quarta-feira, 5 de março de 2014
terça-feira, 4 de março de 2014
segunda-feira, 3 de março de 2014
sábado, 1 de março de 2014
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
Que a felicidade não dependa do tempo, nem da paisagem, nem da
sorte, nem do dinheiro. Que ela possa vir com toda simplicidade, de dentro para
fora, de cada um para todos. Que as pessoas saibam falar, calar, e acima de
tudo ouvir. Que tenham amor ou então sintam falta de não tê-lo. Que tenham
ideais e medo de perdê-lo. Que amem ao próximo e respeitem sua dor. Para que
tenhamos certeza de que: Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de
felicidade.
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
"Sei apenas que saudade é coisa que fica, na memória, nos
objetos, nos corações. Fica após a chuva de verão, após o cheirinho de barro,
após o sorriso do eterno amor. Saudade fica na poesia lida diariamente, nas
lições que a vida nos dá. Fica nas flores do jardim da cidade, no filme que
deixa os olhos cheios; fica num lugar onde nós sempre buscamos abrigo: na
alma."
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
domingo, 2 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 23 de janeiro de 2014
quarta-feira, 15 de janeiro de 2014
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
sábado, 11 de janeiro de 2014
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Tenho
andado distraído, impaciente e indeciso. E ainda estou confuso, só que agora é
diferente: sou tão tranquilo e tão contente. Quantas chances desperdicei quando
o que eu mais queria era provar pra todo o mundo que eu não precisava provar
nada pra ninguém? Me fiz em mil pedaços pra você juntar, e queria sempre achar
explicação pro que eu sentia. Como um anjo caído, fiz questão de esquecer que
mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira. Mas não sou mais tão criança a
ponto de saber tudo. Já não me preocupo se eu não sei por que.
Legião Urbana
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